POLÍTICA - Sob a fumaça do voto impresso, Câmara reduz direitos dos trabalhadores
Leonardo Sakamoto Colunista do UOL A Câmara dos Deputados rejeitou a introdução do voto impresso, tara de Jair Bolsonaro. A proposta precisava de 308 votos para mudar a Constituição, mas teve 229 a favor e 218 contrários. Com isso, enterra um projeto que serviu apenas para atacar o sistema eleitoral, tumultuar a política e desviar a atenção dos debates que realmente importam para a qualidade de vida no país. Como os direitos dos trabalhadores. Algumas horas antes da PEC do Voto Impresso ser analisada, a Câmara aprovou, por 304 votos a 133, o texto-base de uma nova Reforma Trabalhista após um debate que foi considerado atropelado pela oposição. Para se ter uma ideia, a última versão do texto foi apresentada no próprio plenário, pouco antes da votação, sem tempo para discussão. A Medida Provisória 1045, editada pelo governo federal para reduzir jornadas e salários em meio à pandemia a fim de proteger empresas, ganhou emendas que cortam proteções trabalhistas, reduzem a renda dos trabalha...