'Ataque massivo' ao TSE veio do Brasil, EUA e Nova Zelândia, afirma corte



Gabriela Coelho e Leonardo Lellis Da CNN, em Brasília e São Paulo
16 de novembro de 2020 às 18:36 | Atualizado 16 de novembro de 2020 às 19:01
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O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, detalhou, nesta segunda-feira (16), a tentativa de ataque sofrida pelo Tribunal Superior Eleitoral e descartou a possibilidade de fraude no sistema eleitoral do país. Neste domingo (15), dia do primeiro turno das eleições municipais, houve atraso na divulgação de resultados e a corte informou que uma tentativa de ataque hacker nos sistemas do órgão foi neutralizada. De acordo com o TSE, o atraso na divulgação se deu por problemas técnicos, sem relação com o possível ataque.

"Nós sofremos um ataque massivo vindo dos EUA, Brasil e Nova Zelândia que tentaram derrubar o sistema do TSE. O ataque não conseguiu ultrapassar as barreiras de segurança. Foram 436 mil acessos por segundo para tentar derrubar o sistema", disse Barroso. De acordo com o TSE, o ataque se deu entre 11h25 e 11h45 da manhã. Às 11h45 a situação estava resolvida.

Segundo Barroso, Segundo Barroso, um problema técnico em um dos processadores do supercomputador que totaliza os votos causou a lentidão na divulgação. O processador ainda estava sendo reparado. A tarefa nova estava a cargo de uma empresa, que, de acordo com o presidente do TSE, instalou e mantém em funcionamento o "supercomputador" que faz a totalização dos votos. O supercomputador foi comprado em março, mas só chegou à corte em julho. A demora de entrega impediu que fossem feitos todos os testes prévios. A demora se deu em razão da pandemia. O ministro disse que a empresa está sendo convocada para resolver o problema para o segundo turno.

O ministro, entretanto, descartou qualquer risco à integridade dos resultados das eleições. "Não há risco de fraude no sistema eleitoral. O TSE só faz a totalização dos votos. Toda urna divulgada de forma impressa ao final do horário de votação os resultados: quantos votos teve cada candidato. Todos têm acesso a esses dados. A realidade sai da urna e esses dados são enviados. Tudo que aconteceu ontem foi um atraso de pouco mais de duas horas e meia e nada mais", afirmou.

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Barroso também comentou as instabilidades no aplicativo e-Título, com serviços da corte. Eleitores relataram problemas para justificar a ausência. 'Não temos um diagnóstico definitivo, se há um erro de concepção do app ou se foi um problema técnico de suporte diante do volume de acessos que ocorreram. Na manhã de ontem houve nada mais nada menos que 12 milhões de solicitações de emissão de e-títulos, e isso gerou uma fila de atendimentos. Evidentemente, 12 milhões em pouco tempo é um número considerável, mas desejavelmente o sistema deveria ser capaz de suportá-lo", disse o ministro.

O ministro ainda considerou que o "processo acabou bem". "O processo acabou bem. A primeira coisa boa é que conseguimos fazer eleições de sucesso em meio à pandemia. Conseguimos que a população brasileira comparecesse às urnas com protocolos de segurança. Temia-se uma abstenção e debandada de mesários. E fizemos uma campanha. Tivemos 929 mil mesários voluntários", disse.

"Além disso, a eleição transcorreu num ambiente de tranquilidade com o menos número de ocorrências. Considero positivo também que apesar da chateação que tivemos no dia de ontem, conseguimos divulgar o resultado das eleições no mesmo dia", acrescentou.

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