Ciro Gomes é o novo Getúlio Vargas do Modelo de Desenvolvimento Nacional; confira informações do Governo Vargas e porque Ciro quer reeditar!

Ciro Gomes (PDT) ganhou protagonismo por defender o Projeto Nacional de Desenvolvimento. Ciro baseia a sua proposta em algo que já foi executado no Brasil, mas que ele pretende reeditar, só que com bases modernas e antenadas com a realidade atual.





Confira este artigo que está no Blog de Paulo Gala

  Paulo Gala

*escrito por Uallace Moreira para o BLOG

Getúlio Vargas governou o Brasil entre 1930-1945 e depois entre 1951-1954. Vejamos alguns indicadores do seu governo. Se consideramos o período de 1930 a 1945, Vargas teve uma taxa média de crescimento de 4,0%. É importante lembrar que nesse período o Governo Vargas enfrentou as consequências da crise de 1929 e os impactos da 2º Guerra Mundial. Impressiona a forte recuperação pós crise de 1929, com taxa de crescimento que chegou até mesmo a 12,1% em 1936 e 8,5% em 1943.

Fonte: IPEADATA

Uma das características era a busca pela industrialização do país. Com isso, vejam que a taxa média de crescimento da indústria é maior do que da agropecuária. A indústria teve uma taxa média de crescimento de 6,3%, enquanto a agropecuária teve uma média de 2,2%.

Fonte: IPEADATA

Outra variável interessante é o crescimento da taxa de investimento como proporção do PIB. Observamos que depois de 1930, a taxa de investimento apresenta um crescimento contínuo, chegando a 13,8%,s eu maior pico. Com a crise da 2º Guerra Mundial, ela começa a apresentar queda.

Fonte: IPEADATA

A pauta exportadora brasileira era altamente concentrada em produtos agrícolas, principalmente o café. Mas já ficando em evidência a perda de participação do café e declínio do açúcar.

Fonte: IPEADATA

A fase de 1951-1954, é marcada pela criação da Petrobrás (1953) e do BNDE (1953), atualmente conhecido como BNDES. Além do mais, o suicídio do Getúlio, resultado de um cenário político delicada, em que tina como principais opositores a imprensa e partidos da direita, representados principalmente por Carlos Lacerda. Mesmo diante da crise, a taxa média de crescimento desse período do Getúlio foi de 6,7%, resultado das políticas de crescimento e industrialização do país.

Fonte: IPEADATA

Mais uma vez, será a indústria de transformação que irá liderar o crescimento do país, com uma taxa média de crescimento de 8,4% para o período de 1950 a 1954. A indústria de construção também apresenta uma taxa média de crescimento elevada de 9% para o período, como resultado das grandes obras de infraestrutura no país, para dar suporte ao processo de industrialização.

Fonte: IPEADATA

A taxa de investimento como proporção do PIB também apresenta significativo crescimento, saindo de 12,8% em 1950 para 15,8% em 1954. Esse crescimento da taxa de investimento é resultado das políticas de estímulos à industrialização do país.

Fonte: IPEADATA

Vejam que com o elevado crescimento da indústria, ela começa a aumentar muito sua participação como proporção do PIB, saindo de 19,3% em 1950 para 20,8%. Enquanto isso, a agropecuária ainda mantém sua participação em torno de 25%. Mas com o tempo, vai reduzindo.

Fonte: IPEADATA

Nesse período, muitos irão acusar Getúlio de elevar o nível de inflação no país com as políticas de desenvolvimento. A inflação sai de 12,7% em 1952 e vai para 20,5% em 1953. O motivo do crescimento da inflação gera um amplo debate, pois para muitos tinham elementos estruturais que só seria solucionado com o desenvolvimento industrial do país.

Fonte: IPEADATA

Com o agravamento da crise política, em uma tentativa de aglutinar a classe trabalhadora em seu apoio no início da crise, Getúlio adotou uma Política de elevação do salário mínimo em 100%.

Fonte: IPEADATA

Uma das problemáticas que temos nesse período, e que persiste até hoje, é o sistema tributário regressivo no Brasil, com elevação da carga tributária, principalmente sustentada em tributos indiretos com participação de 9,92% em 1952 e os tributos diretos em apenas 5,48%. Observem que durante quase todo o período, a elevação da carga tributária sempre se deu com os tributos indiretos sendo predominantes.

Fonte: IPEADATA

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