Hospitais municipais do Rio estão lotados e não têm mais leitos de UTI para Covid-19

Todos os 288 leitos da prefeitura para casos graves estão ocupados, de acordo com o último balanço. Só na capital, são 144.641 casos e 13.594 mortes por coronavírus.

Por Rogério Coutinho, Bom Dia Rio



Os hospitais municipais da cidade do Rio estão lotados e não há mais vagas de UTI para Covid- 19. Todos os 288 leitos para casos graves que a prefeitura tem estão ocupados, de acordo com o último balanço. As poucas vagas que existem na rede pública da cidade estão em unidades do estado ou federais.

Enquanto isso, a fila de espera aumenta. Ao todo, 472 pessoas com Covid ou com suspeita da doença esperam um leito — 252 delas precisam de UTI.

Na noite de segunda-feira (7), 707 pacientes estavam internados com a doença em hospitais municipais.

Segundo a prefeitura, este é um cenário dinâmico e, a qualquer momento, um leito pode ser liberado. A prefeitura informou ainda que nos próximos 15 dias serão abertos 170 leitos de enfermaria no Hospital de Campanha e outros 50 leitos de UTI serão inaugurados.

Levando em consideração toda a rede SUS da capital, que inclui leitos municipais, estaduais e federais, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 92% e nos leitos de enfermaria, de 87%.

Na segunda, o estado do Rio chegou a 23.151 óbitos e 371.376 casos de Covid-19. Só na capital, são 144.641 casos e 13.594 mortes.

Morte após 12 dias à espera de leito

Também na segunda, o Bom Dia Rio mostrou o caso de Dilma Miranda. A paciente de 61 anos estava internada Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte, com um quadro grave de Covid e aguardava uma vaga de UTI.

Sem a vaga, a filha da paciente, Walquíria Miranda procurou a Defensoria Pública e entrou com uma ação na Justiça para garantir um leito de UTI para a mãe.

Na madrugada desta terça-feira, Dilma conseguiu a vaga, mas ela morreu logo depois de ser transferida para o Hospital Municipal Ronaldo Gazzola, em Acari, também na Zona Norte.

A filha disse que o hospital não informou sobre a transferência. Walquíria contou que foi até a unidade do Andaraí por volta da meia-noite e que a mãe já estava na ambulância.

Segundo ela, Dilma sofreu uma parada cardíaca ainda dentro da ambulância, que estava estacionada no Andaraí.

A equipe médica seguiu com a transferência e ela chegou ao Ronaldo Gazolla por volta de 1 hora e foi direto para a emergência. Lá, teria sofrido uma segunda parada cardíaca.

"Em nenhum momento o hospital me ligou para falar da transferência dela. Fiquei sabendo pelo Jornal Nacional. Dentro da ambulância foi quando ela teve a primeira parada cardíaca, dentro do Hospital do Andaraí. Chegamos no Ronaldo Gazolla e não levaram ela direto para o CTI. Nisso, eles ficaram 50 minutos com ela dentro da sala. Ela veio a falecer 1h53 da manhã. Eles falaram que ela teve duas paradas cardíacas, uma no Hospital do Andaraí, lá dentro, e outra no Hospital Ronaldo Gazolla", contou em vídeo a filha.

"A demora do leito do CTI, a demora de respostas, e no hospital não conseguir falar com o médico, isso foi inadmissível", completou a filha.

O atestado de óbito de Dilma informa que a causa da morte foi pneumonia por Covid-19.

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