Atraso em vacinação é fruto de 'confusão diplomática' do governo Bolsonaro, diz Ciro Gomes


"São dezenas de milhares de pessoas que podiam ter suas vidas salvas, estão morrendo e vão morrer ainda", disse, em entrevista à Rádio Metrópole

[Atraso em vacinação é fruto de 'confusão diplomática' do governo Bolsonaro, diz Ciro Gomes]
Foto : Matheus Simoni/Metropress

Por Juliana Rodrigues no dia 24 de Fevereiro de 2021 ⋅ 09:34

A condução da pandemia de coronavírus por parte do governo de Jair Bolsonaro foi alvo de críticas do ex-ministro e ex-candidato à presidência, Ciro Gomes, em entrevista a Mário Kertész, no Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole, hoje (24). Na opinião de Ciro, a "confusão diplomática" criada pelo Executivo e a escolha de Eduardo Pazuello como ministro da Saúde explicam porque o país está "na ponta final da fila da vacinação".

"No mundo inteiro a Covid-19 está arrefecendo, diminuindo a intensidade. É uma doença que não tem remédio precoce, e o presidente da República, como um charlatão, desorientou muitos brasileiros, ele próprio prescrevendo remédios como ivermectina, que está gerando muitos problemas de hepatite medicamentosa, ou a tal cloroquina, que ele comprou por seis vezes o preço, dando uma ordem ao Exército brasileiro pra produzir um remédio que não presta para rigorosamente nada, a não ser aquilo para que foi criada, a malária. Não tendo remédio, só tem uma saída, é a vacina. (...) Em agosto do ano passado, a Pfizer já tinha dominado o princípio ativo da vacina e ofereceu ao mundo inteiro essa vacina para planejar a produção. E destacou, para entregar em dezembro passado, para o brasil, 70 milhões de doses. Pois bem, eles mandaram um ofício em agosto, um em setembro, dois em outubro, e o governo Bolsonaro com esse palerma que ele colocou, um general da ativa, só um país que foi levado a breca admite na pior crise de saúde pública colocar um camarada que não entende absolutamente nada de saúde, tendo trocado de ministro três vezes", criticou.

Ciro ressaltou que a campanha de vacinação já avança em outros países, incluindo os da América Latina. "O Brasil está na ponta final da fila da vacinação. O Chile, nosso vizinho, mais pobre que nós aqui, já vacinou 14% da população. O Brasil não inteirou 3% e já estão faltando as vacinas, porque simplesmente entramos num jogo de ideologia, em que os princípios ativos da vacina, por regra, vêm da Índia e da China, e o Bolsonaro arrumou uma confusão, ele e seus familiares boçais e bandidos, arrumaram uma confusão diplomática, de maneira que o Brasil está na ponta final da fila. São dezenas de milhares de pessoas que podiam ter suas vidas salvas, estão morrendo e vão morrer ainda", disse.


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