Forças Armadas gastam mais de R$ 56 milhões em filé, picanha e salmão, diz deputado


Os gastos dizem respeito a processos de compra feitos por pregão ou dispensa de licitação, durante a gestão do ex-ministro da Defesa Braga Netto



Entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, as Forças Armadas compraram 557,8 mil quilos de filé, gerando um gasto calculado em R$ 25.398.849,99, para os comandos da Marinha, da Aeronáutica e do Exército, além da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel).


Além disso, foram comprados 373,2 mil quilos de picanha e 254 mil quilos de salmão, somando R$ 18.792.526,88 e R$ 12.221.607,11, respectivamente. O orçamento total das compras foi de R$ 56.412.983,98. As informações foram divulgadas a partir de dados levantados pela equipe do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).


Os gastos dizem respeito a processos de compra feitos por pregão ou dispensa de licitação, durante a gestão do ex-ministro da Defesa Braga Netto.



O deputado ainda denunciou que um dos pregões é destinado à compra de 23 mil quilos de filé mignon para o Grupamento de Apoio do Galeão, no Rio de Janeiro. O valor do quilo é estimado em R$ 71.


"O preço da carne não subiu 42% nesse período. Há indícios de irregularidades, e vamos investigar detalhadamente todos os processos. Caso sejam constatados problemas, vamos denunciar ao Tribunal de Contas da União", argumentou.


GOVERNO GASTOU MAIS COM ALIMENTOS QUE COM INSTITUIÇÕES FEDERAIS

Em 2020, o Governo Federal gastou mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos — um aumento de 20% em relação a 2019. Um levantamento com base no Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia mostra, entre os itens que somaram mais de R$ 1 milhão pago pelo governo Jair Bolsonaro — além dos básicos arroz, feijão e carne — biscoitos, chantilly, batata frita, bombom e leite condensado.


Algumas comparações mostram o tamanho do gasto do Governo Federal com alimentos. Apenas o montante pago pelo leite condensado é cinco vezes mais que tudo que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recebeu para fazer o monitoramento por satélite de toda a Amazônia, Pantanal e demais regiões do País — R$ 3,2 milhões no mesmo período, segundo dados levantados pela consultoria Rubrica.


Fonte: Diário do Nordeste

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